Trauma Dentário

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Em dezembro, a criançada está de férias. Para curtir com os filhos, muitos adultos também tiram o mês de folga e aproveitam para ir à piscina, viajar pelo interior e ir a praças. As opções de lazer aumentam, bem como o número de pessoas circulando pelas cidades o que, infelizmente, traz um aumento na quantidade de acidentes com crianças.

Uma das situações mais comuns de ocorrer são as quedas. Bicicletas, patins, skates, bordas de piscinas e escadas são os meios que mais põem em riscos as crianças e os adolescentes. O problema é que, nesses acidentes, vários tipos de fraturas podem ocorrer, inclusive a dentária. Desde a perda de um “cantinho” do dente até a perda do dente inteiro com fratura óssea são situações advindas de trauma bucal.

Quando é perdida uma pequena porção do dente, há possibilidade de a criança nem sentir dor. Como nosso dente é envolto por um tecido bastante duro e sem inervação – o esmalte – pequenas fraturas ou lascas podem levar à perda somente dessa parte. Assim, a criança, muitas vezes, nem percebe a fratura, não se queixa de dor e os pais só irão observar quando higienizarem a boca do filho.

Outro tipo de fratura bastante comum é aquela que envolve o esmalte e a dentina. Este último é um tecido mais interno, que fica coberto pelo esmalte, e já pode causar dor quando atingido. A dentina tem comunicação com a inervação do dente, mas não é o nervo propriamente dito. Dessa forma, fraturas que envolvam uma pequena parte da dentina podem até ser indolores, mas o contato com líquido ou alimento frio geralmente desencadeiam sensibilidade. Nos casos em que boa parte da dentina foi atingida, fatalmente a dor estará presente.

Nessas fraturas envolvendo esmalte e dentina, deve-se ter cuidado com a pressa de se colocar gelo no local do baque, geralmente lábio superior, ou fazer a criança tomar água gelada ou chupar gelo. No afã de evitar o inchaço ou diminuir um sangramento eventualmente presente, pode-se estar estimulando ainda mais dor à criança. A própria queda já assusta a criança e a faz chorar; se a fratura envolver profundamente a dentina, dói e a criança chora mais; se água gelada ou gelo for colocado em contato, pior ainda, mais dor e mais choro haverá.

Então, uma avaliação grosseira deve ser feita pelo cuidador da criança no momento da queda. Perda de uma lasca, bordinha ou pequeno canto do dente pode-se fazer gelo dentro e fora da boca. Se a perda de tecido dentário for mais extensa, considerar a colocação de gelo somente no lábio. De qualquer forma, avaliação mais acurada deve ser feita pelo profissional dentista, o qual fará um correto diagnóstico e procederá dom a restauração do dente.

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